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Bem ou mal, eu quero é falar.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Descobri: a "dor do caralho" (literalmente)

Aqui tô eu, pé engessado após cirurgia no tornozelo pra remendar os ligamentos. Fiz uma promessa a mim mesmo depois da maldita: nunca mais vou me arrombar! Prometo! Vamos ao meu final de semana:

Sexta, 9h da manhã, estou eu no Hospital da Unimed para me internar para abrirem meu pé e religarem tudo que tivesse desligado. Às 10h chega uma enfermeira e enfia uma agulha, sem exagero, do tamanho de um palito de dente no meu braço... não sei como essa galera tem coragem de tomar pico! Era o início da minha jornada no Hospital. 12h30 e finalmente o médico chega (tava marcado as 11h). Me deparo logo com a anestesista que logo que deito na cama me avisa "com essa anestesia, chamada de raquianestesia você terá náuseas, dor de caneça e dificuldades para urinar" (guardem "dificuldade para urinar"). Depois dessa frase lembro de acordar umas 17h ou pouco mais sem sentir NADA da cintura pra baixo. Senti na pele o que é ficar paralítico. É desesperador. Fiquei triste em imaginar que tem gente que vive assim. É muito foda! Nem o pintinho eu sentia.

18h voltei para o quarto. Minha mãe e Bruna me aguardavam lá. Às 21h a anestesia começa a passar e posso finalmente comer algo. Dormi.

Sábado. Acordei: 4h da manhã. Vontade de fazer xixi: "mãe, me ajuda aqui..." Lá vou eu, todo pererê ao banheiro e lembro de um eco... "dificuldade de urinar... nar... nar... nar... ar... r". Sabe aquela vontade depois de tomar 10 latinhas de Skol gelada e NÃO CONSEGUIR EM HIPÓTESE ALGUMA liberar UMA GOTA SEQUER DE XIXI???? Pois é... passei uma hora no banheiro, sentado tentando e nada. Resultado: sonda no piu-piu de Artur. Querem saber a melhor, digo, a pior parte: não havia mais efeito nenhum de anestesia para segurar a dor.

Eis que um fio adentra o pinto do cidadão até chegar na BEXIGA, e assim esvaziar a danada. Foram os segundos mais longos e dolorosos da minnha vida. E foi ai que finalmente conheci: A DOR DO CARALHO. Tanto na entrada como na saída da sonda. Um misto de pânico, dor, desespero, medo, agonia...e finalmente o alívio.

16h, volto pra casa. Bruna me acompanha até mais tarde. Assisto Pelé Eterno sozinho. Com o pé engessado. Né legal? Domingo, Bruna mais uma vez ao meu lado. Amo essa minha enfermeira. Fica comigo até depois do Big Brother. Bom demais te a companhia dela.

É sempre nessas horas de dor, enfermidade que penso: não há nada mais importante na vida que ter saúde. E ter pessoas ao nosso lado para nos ajudar nas horas difíceis. Obrigado mãe, pai, Pretinha, Hugo, Rod (que me lilgou de Curitiba), André e Adriana, Marcelo e Claudinha, Pipito e Aninha, Marcelo, Beto e Duda, André, Sergio... valeu todo mundo que tá torcendo pela minha recuperação. Desejo saúde a todos vocês e a todos que os rodeiam (isso me inclui mais uma vez =D). VALEU, POVÃO!!!

Daqui a 4 meses estou de volta INTEIRO. Até o próximo post!

4 Comments:

At 11:53 AM, Anonymous Anônimo said...

ô amigo, arrasada por tu... tentei até imaginar sua dor mas não posso.
Mas, pense q isso é uma vez na vida. Eu vou ter q aturar patos de metal no exame preventivo, partos normais e peitos sendo espragatados por vidros no exame das mamas, isso é, tais beeeem melhor q eu.

 
At 9:39 PM, Anonymous Anônimo said...

LiNDão, LiNDão! Isso foi, realmente, ruim! Mas no fim, tudo vai dar certo e tu vais ficar novinho em folha. Os dias vão passar bem rápido, tu vais ver! E quando tu tirar o gesso, não esquece da caranguejada! Hehehehe! ;) Beijinhos, amado!

 
At 7:37 PM, Anonymous Anônimo said...

Achei teu cantinho... e adorei tua descrição desses momentos, mesmo sendo ruins... cachorrinho, já pensasse em ser escritor????

Beijo pra tu!!

 
At 7:38 PM, Anonymous Anônimo said...

Ah, e melhora, tá?! Muita SAÚDE pra tu!!

 

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